Estudantes do 1º Ano Mergulham no Trovadorismo com RPG Literário
As turmas do 1º ano do Ensino Médio vivem uma experiência única: aprender Trovadorismo por meio da criação de um RPG de tabuleiro. A iniciativa, conduzida pela professora de Língua Portuguesa Carla Ravaneda, transforma a escola literária medieval em um jogo cheio de enredos, cartas, personagens e muita imaginação. O objetivo é unir aprendizado e criatividade, permitindo que os estudantes explorem o movimento literário de forma lúdica e colaborativa. Cada grupo desenvolve seu próprio universo, incorporando elementos do Trovadorismo às regras e às narrativas. O resultado já aparece em forma de jogos originais e no entusiasmo dos participantes, que demonstram forte trabalho em equipe e um aprendizado mais leve.
Entrevista com a Professora Carla Ravaneda
Gazeta Marista: O que os alunos podem aprender ou desenvolver com esse projeto?
Carla Ravaneda : “Principalmente a produção em equipe e a capacidade de lidar com divergências, porque nem sempre todos compartilham a mesma ideia. Eles precisam dialogar e chegar a um acordo. O RPG estimula vínculos, e vínculo é essencial para trabalhar bem em grupo. Além disso, o conteúdo fica muito mais leve.”
Gazeta Marista: O que considera mais importante que eles levem dessa experiência?
Carla Ravaneda : “Que a literatura é para todos, não só para o burguês. Podemos ensinar qualquer escola literária de um jeito divertido, com jogos e enredos, e isso exige pesquisa.”
Gazeta Marista: O que motivou a criação do projeto?
Carla Ravaneda : “Quando eu era aluna, achava o Trovadorismo difícil e chato, com aquele português galego. Quando me tornei professora, vi a chance de ensinar literatura usando RPG e tornar o estudo mais próximo da realidade deles.”
Gazeta Marista: Quais frutos você espera colher?
Carla Ravaneda : “Conhecimento dos alunos. Eles aprendem muito mais do que se eu estivesse apenas explicando. Estou recebendo ótimos tabuleiros e histórias com elementos do Trovadorismo que nem esperava. Quem sabe esse material não serve para as próximas turmas?”
Gazeta Marista: Notou mudança de interesse após o início do projeto?
Carla Ravaneda : “Com certeza. Quando falamos em jogos, a turma se anima. Tenho cerca de 98% de engajamento, é visível como estão mais felizes.”
Gazeta Marista: E como é ver os alunos superando a dificuldade que você teve?
Carla Ravaneda : “É gratificante. Quando escolhemos ser professores, queremos fazer diferença. Dá orgulho saber que, ao verem um filme com elementos do Trovadorismo, eles vão se lembrar dessa experiência.”