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Estantes de livros na biblioteca

DIRETOR EM AÇÃO

Por Melissa de Souza Pínto (2º ano B)

Há muitos funcionários que contribuem para um ambiente confortável, limpo e organizado em uma escola. Dentre elas, há uma pessoa que se destaca por ser “o cérebro” desse ambiente.

Dia 12 de novembro é comemorado o dia do diretor. Esse papel tão importante, não é para qualquer um. Para conhecer melhor o cargo e falar sobre o desempenho de um verdadeiro diretor, fizemos uma entrevista com o diretor da nossa unidade, Luiz Fernando da Silva.

Gazeta Marista: Luiz, o que você pensa sobre ser diretor?
Luiz: Bom, eu penso várias coisas. Penso que eu preciso, todos os dias, dar o melhor para essa escola, dar o melhor para os alunos. Fazer o trabalho administrativo e pedagógico daqui, então eu penso que é um trabalho difícil no sentido de ter muitas coisas para fazer.

Gazeta Marista: E o que você sente desempenhando esse papel?
Luiz: Ah, eu me sinto realizado. Eu acho que é uma função que eu já almejava há algum tempo. Mas sinto também uma pressão também, para entregar as coisas com qualidade aqui da escola. Sinto alegria quando as coisas dão certo mas, também sinto tristeza quando os alunos quebram as coisas aqui na escola. Também tenho o sentimento de que poderia fazer um pouco mais.

Gazeta Marista: Qual a sua visão sendo diretor? O que você vê sendo o diretor?
Luiz: Bem, eu vejo uma equipe de professores que trabalha com determinação aqui na escola, vejo uma equipe colegiada que trabalha aqui sempre disposta a servir as pessoas. Vejo a equipe de apoio, de limpeza, de cozinha sempre muito preparada e com muita disposição. Também vejo alunos com muito potencial, mas também vejo uma galera que, às vezes, não leva muito a sério a escola e que poderia aproveitar.

Gazeta Marista: Agora, o que você ouve sendo diretor? O que você já ouviu dessa profissão?
Luiz: Eu ouço que, a gente precisa ser uma liderança servidora, isso é o que vem da nossa regional. Das pessoas, eu escuto que estamos caminhando bem. Temos coisas para melhorar mas, no geral, tenho escutado coisas boas.

Gazeta Marista: Certo! Me fale quais são as maiores dificuldades de ser diretor.
Luiz: Nossa! Eu acho que é confiar nas pessoas, confiar que elas vão executar um ótimo trabalho, acho que isso é um ponto que pra mim é muito difícil. E a quantidade de demanda. Tem muita coisa para fazer e às vezes a gente não consegue dar conta de tudo. Daí, chega no final do dia, eu fico pensando em tudo que a gente não fez e tem que fazer na próxima semana.

Gazeta Marista: E quais soluções você acha que são necessárias para enfrentar essas dificuldades?
Luiz: Gestão de tempo. A gente precisa organizar a escola com metodologias ágeis! A gente usa o kanban, o método Scrum para organizar. Mas é a gestão de tempo, esse é o ponto mais importante para que a gente possa fazer tudo a tempo com as ferramentas necessárias e pessoas certas. O Desing Thinking é uma ferramenta implantada nessa escola pelo nosso diretor. Perguntamos a ele sobre isso e como foi o processo dessa implementação.

Gazeta Marista: Sobre o Design Thinking, fiquei sabendo que foi você que implementou esse método aqui na escola. Conte mais pra gente sobre ele e como foi, e está sendo, o processo de ter ele como principal metodologia educacional aqui na escola?
Luiz: A escola, desde de 2018, tem estudado sobre essa abordagem do Design Thinking. Existem duas escolas que a gente pega como inspiração, que é a Riverside School, na Índia, e a Oracle High School, nos Estados Unidos, que usam essa abordagem no dia a dia. Esse método tem três pilares, basicamente: a empatia, a colaboração e a experimentação. É isso que a gente tenta usar todos os dias aqui na escola, principalmente na resolução de problemas. Quando a gente tem um problema, não é uma pessoa que resolve sozinho, a gente tem uma equipe para resolver esse problema. O Projeto Jornal é um exemplo: ele usa empatia, trabalha com a colaboração e mão na massa.

Gazeta Marista: Para aplicar para os alunos, pela primeira vez, houve muita dificuldade?
Luiz: É uma cultura que a gente vem tentando implantar. Quando começou o Ensino Médio, nós colocamos isso no currículo. É um processo demorado mas, já conseguimos perceber alguns resultados. Temos alunos protagonistas, alunos autônomos, alunos com empatia. É um processo. Estamos no início de uma implantação de um Ensino Médio, isso leva tempo. Leva tempo para implantar uma cultura.

Gazeta Marista: Ao nosso diretor, gostaria de agradecer por ter tirado um tempo de sua rotina para participar desta entrevista e desejar um ótimo final de ano. Feliz dia do Diretor! Nós alunos temos orgulho de ter um diretor tão dedicado como você!!